segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vitória de uma Moça que Sofreu Dano Moral em seu Ambiente de Trabalho – 14 de junho de 2011

Agradecimento: agradeço ao meu Deus, Criador dos Céus e da Terra, por esta vitória. Agradeço, também, porque Ele me orientou e me ajudou a conduzir a audiência de forma que eu não sofresse mais e que o objetivo fosse atingido.
O Dano moral: no dia 14 de junho aconteceu a Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ) do meu processo de dano moral em desfavor a funcionária que em meu ambiente de trabalho, em Brasília - DF, me olhava de cara feia, de cima em baixo e me tratava com grosseria, até armar uma situação e conseguir que meu chefe e ex namorado tirasse minhas ferramentas de trabalho e, sem dó, sem piedade e com a maior frieza me demitisse um mês depois de ela causar-me o dano moral. 

Este homem demitiu-me de um trabalho que eu estava amando em fazer, estava recebendo vários elogios e fazendo com muita propriedade. Demitir é comum, mas não nessas condições, onde uma funcionária comete o dano moral em uma sexta-feira, dia 05 de fevereiro de 2010 e na segunda-feira, seguinte, sou obrigada a devolver o celular funcional, as chaves da sala, proibida de ficar depois do horário na empresa e proibida de ir aos congressos que a Instituição promovia. 

Fui humilhada perante meus colegas, minha integridade e minha dignidade foram abaladas. O meu ex chefe e ex namorado sequer se preocupou com o meu recomeço de vida em Brasília, sequer pensou no que poderia acontecer comigo - o mesmo chefe que tinha vários planos profissionais para mim naquela Instituição e namorado que pegou na minha mão em um jantar romântico e pediu-me em namoro, declamou um poema e disse que eu era bonita, inteligente e simpática e que queria namorar comigo, se eu não me importasse.

Após minha demissão fiquei doente, traumatizada em alocar-me em outra empresa, com medo de outra pessoa cometer o mesmo mal que a ré me acometeu. Precisei fazer tratamento psicológico, tomar antidepressivo - tenho todos os documentos e coloquei todos os comprovantes no processo. Fiquei desempregada (por que não sou competente? Claro que não. Porque não agüentaria sofrer outro dano como o que sofri, caso aparecesse outra pessoa como a ré em meu caminho). Se não fosse Deus em minha vida e a fé que carrego não estaria, aqui, contando a história.
A Audiência: as testemunhas estavam lá, inclusive uma que era muito minha amiga, vivenciou todo meu sofrimento depois de eu ser demitida - nos falávamos todos os dias por telefone. Hoje essa testemunha trabalha com a ré  - será que testemunharia a meu favor? Será que falaria a verdade? À época essa “amiga” deixou de falar comigo porque foi coagida pela funcionária - que me indicou para esse cargo e que dizia ser minha "amiga" - a não falar nada em audiência. Outra testemunha, secretária da Instituição, continua trabalhando na empresa - será que falaria a meu favor? Também não sei. Apenas uma testemunha não tem mais contato com as pessoas envolvidas no processo - nessa eu podia confiar. 

O mais surpreendente foi meu ex chefe e ex namorado estar lá. Com certeza testemunhar a meu favor é que não foi. Talvez fosse dizer que não foi meu namorado ou que não fui demitida por causa do dano que a ré me causou - a ré alegou, no processo, com toda veemência, mas sem comprovação, que ele não foi meu namorado. Só sei que se ele pretendia falar isso, não funcionaria, porque coloquei documento no processo que comprovou meu namoro com ele, bem como coloquei documentos que contradizem tudo que a ré descreveu em sua defesa - a ré não apresentou nenhum documento que comprovasse suas falsas alegações, ao contrário de mim que coloquei todos os laudos, todas as receitas de remédios, declarações de psicólogo, entre outros documentos.
Fui bastante humilhada pela ré durante a Audiência. Ela falou várias coisas que não vale à pena relatar, mas eu comecei, naquele momento, a orar em pensamento e pedir ao meu Deus, como está na Bíblia, que me diminuísse e que Ele crescesse, para que eu não me rebaixasse ao nível que a ré estava conduzindo a audiência. Neste momento me deixei ser humilhada, não me importei com as coisas que ela estava falando de maneira arrogante e prepotente, porque, também, na Bíblia diz que os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados. Lembrei deste versículo naquele momento e descansei no Senhor.
A Sentença: Eu e meu advogado achamos melhor não deixar as testemunhas deporem, caso contrário poderiam mentir e consequentemente seria bastante desgastante para mim, uma vez que sofri consideravelmente nesse um ano e quatro meses. Sendo assim, o juiz resolveu tudo ali e a ré, para honra e glória do Senhor Jesus Cristo, foi condenada a pagar cestas básicas a uma Instituição carente.
A Vitória: Sei que o valor que a ré desembolsou foi pouco em comparação ao que sofri, mas o mais importante e que me deixa aliviada e com a missão cumprida é que a ré reconheceu que me causou dano moral e foi condenada por isso. A justiça existe e valeu à pena eu ter recorrido e fazer valer meus direitos. Com certeza quando a ré pensar em causar algum mal a outra pessoa vai pensar duas vezes.
O Desabafo: perdi um ano e quatro meses da minha vida. Agora vou recomeçar uma nova jornada. Estou realizada, porque a justiça foi feita. Recomendo a todos que, se, em algum momento, alguém lhes fizer algum mal, lhes causar algum dano, recorram à justiça, busquem seus direitos, gritem aos quatro cantos da terra, mas façam alguma coisa, porque vale à pena. Eu sou testemunha viva disso.
O Questionamento: eu que, hoje, faço trabalho com moradores de rua, usuários de drogas e população carente em geral, me pergunto, como pode no mundo que vivemos, século XXI, uma pessoa perseguir outra em seu ambiente de trabalho e enquanto não consegue seu objetivo principal que é o de destruição, não sossegar? Em um mundo com tanta gente passando fome e privações das mais diversas possíveis, uma pessoa investe seu tempo em destruir um ser humano? Como pode isso? Por que essa moça ao invés de ter me feito mal não investiu seu tempo em ajudar os pobres e necessitados? Por que?  Deixo a pergunta no ar. Espero que minha história sirva para ajudar outras pessoas que tem seus direitos violados e sofrem com essas maldades.
Que Deus possa continuar abençoando a todos nós.
Grande abraço.
Adriana Ramos Constantin Simvoulids
14/06/2011, dia em que a justiça foi feita e a ré teve de reconhecer o dano que me causou e ser condenada pelo que fez. Obrigada meu Deus. O Senhor é Fiel e Justo.