Adriana Ramos viveu o caso mais grave de violação de Direitos Humanos em sua vida. Ela teve dois dos Direitos Fundamentais das Nações Unidas (ONU) violados, o 12º, onde diz que, “ninguém será sujeito a interferências na vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque a sua honra e reputação. Todo homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques” e, o de número 19º onde diz que, “todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão”, bem como o artigo 5º da Constituição Federal.
Em seu ambiente de trabalho, no ano de 2010, uma moça com inveja e ciúmes do desempenho profissional da Adriana resolveu persegui-la, olhando-a com cara feia, de cima em baixo e tratando-a com grosseria. Sem pedir permissão arrancou e rasgou uma das fotos que estavam no mural da sua sala na frente de funcionários. As fotos eram públicas, fotografadas em um evento de um órgão público que estava promovendo um curso de capacitação para seus funcionários. Quando Adriana pediu sua foto de volta ela disse que não daria nada e “ai dela se colocasse a foto lá, novamente”.
Após esse episódio, essa jovem sofreu constrangimentos e humilhações em seu ambiente de trabalho, porque lhe tiraram as ferramentas para desempenho das suas funções profissionais, como celular funcional e chaves da sala. Adriana foi proibida de permanecer no trabalho depois do horário de expediente, proibida de ir aos Seminários e Congressos promovidos pela empresa, bem como de participar das reuniões da diretoria. Todos os funcionários viram a cena, bem como o constrangimento que ela passou de ficar sem as ferramentas para exercício de sua profissão.
Adriana Ramos tentou conversar com seu chefe sobre o assunto para explicar sua versão dos fatos e tentar que ele mediasse a situação, mas não teve êxito, porque ele sequer a recebeu para conversar. Um mês depois do acontecido, o chefe da Adriana a demitiu.
O que se conclui é que diante desses dois direitos violados, tanto sua honra e reputação, quanto seu direito de expressão foram negados.
O problema identificado era mediável. Quando Adriana recorreu, sem êxito, ao seu chefe foi no intuito de que ele intercedesse na mediação. Seu chefe poderia sugerir para ela e a outra moça – causadora do dano - que participassem de uma mediação para solucionar o conflito ocasionado.
Como Adriana ficou doente, com depressão e sendo necessário fazer tratamento psicológico, devido ao abalo emocional fortíssimo que sofreu, somente 10 meses depois pode entrar com processo de dano moral em desfavor a moça que lhe ocasionou o mal.
Aproveito esta ferramenta de comunicação para dizer aos "chefes" de que diante de uma situação como esta tudo pode ser resolvido ouvindo ambas as partes. Aproveito, também, para sugerir aos "chefes" de todo o Brasil que façam um curso de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos – o curso é gratuito e está disponível na modalidade à distância - para que em um caso parecido saibam conduzir melhor uma situação como esta.
Creio que estou contribuindo não para o caso da Adriana, porque já está na justiça, mas para outros que possivelmente acontecerão.
Obrigada a todos que leram esta história até o final. Desejo que o mal que existe dentro de pessoas como essas que machucaram e maltrataram esta moça se extinga da fase da terra e não atinja pessoas inocentes e de boa índole.
Forte abraço a todos.
“Hoje estou bem melhor e contribuindo para diminuir a maldade entre as pessoas, através das Obras Sociais” – disse Adriana Ramos.